DIVINA SIMPLICIDADE – A Lei foi entregue à consciência de cada filho de Deus, e somente a Justiça Divina o julgará, em secreto, em tempo certo. O Verbo Modelo deixou o exemplo de tudo que deriva de Deus, seja Espírito ou Matéria, e a Deus um dia retornará, como Espírito e Verdade, e ninguém com Ele poderá jamais discutir, porque Seu advogado chama-se Justiça Divina. Capítulo I DO GÊNESE AO APOCALIPSE

Translate

quinta-feira, 29 de maio de 2014

UM ATEU ALÉM DO TÚMULO - AO ENCONTRO DO MEU PAI

AO ENCONTRO DO MEU PAI
Quando o sol matinal foi começando a iluminar as terras de minha nova região, já me encontrava levantando e aguardando-lhe a saída triunfal, no cimo de uma elevação. É que à hora de deitar, havia dito ao filho de Mariana, que Mauro se chama, das saudades que tinha de ver uma aurora. No meu tempo de homem da carne, tudo fazia para poder satisfazer esse prazer sublime, uma vez que o fosse em contato com a natura. E como Mauro tivesse falado nas belezas panorâmicas de certos recantos da cidade, tendo-lhe eu revelado o desejo de ver isso pela aurora, assim ficou combinado.
Como tal, o sol encontrou-nos a postos, sobre um monte que se sobrepunha a uns vales agrestes, já para o noroeste da cidade. Respirei o ar puro e ultra-oxigenado, lembrando-me bem do tempo em que queria respirar e não tinha o que, a contento. Lembrei-me dos que lá ainda deviam estar. Meditei na Justiça Suprema. E fiz cálculos sobre o rigorismo filosófico de Mariana.
A conclusão lógica, confrontando tais fatores com o fato de grandes prelados sofrerem o peso das iniqüidades, também, tive que aceitar a tese de que a Divina Justiça não se move, nem pelos extremos de louvaminhas, nem pela rudeza dolorosa dos negativismos criminosos. A uns, quem sabe por via da hipocrisia; a outros, talvez por causa do desvirtuamento de costumes. Ao certo, porém, é que a simplicidade falhando, tudo parece ter falhado como merecimento. O advogado dos espíritos é a simplicidade de conduta. Com ela tudo se observa, tudo se aprende e se propaga. Sendo-se simples, tudo se pode aturar, tudo penetrar, de tudo extrair vantagens imorredouras. À falta dessa virtude, tudo se torna duplicidade, qualquer poder negativo toma conta do homem, prostrando-o à margem da Harmonia Universal.
Quando uma dor, coletiva ou individual assalta; quando toma aspecto econômico ou político, social ou quer seja, tudo quanto se deseja é volver à simplicidade. Em verdade, a humanidade vive tacanhamente, tanto quanto lhe exigem os imperativos artificiais sobre os quais se levanta há séculos a vida de relações entre os homens e os povos. Os estatutos sociais, as convenções humanas nada mais têm feito, que procurar tanger no homem e nas coletividades, o direito natural de evolução simples e gradativa, em todos os rumos desejados e precisos. E é aí que o cataclismo aparece; e é aí que a estagnação forçada estala seus tentáculos e se rebenta contra a rota progressiva. Depois de tudo serenado, de a força incoercível do fenômeno revolver tudo, então aparecem os apologistas da liberdade, proclamando a necessidade de simplicidade, para que a evolução se processe sem choques violentos.
Todavia, quando se libertará a humanidade dos grupos conchavistas, dos interesses de portas fechadas? Se todos partem de um só Centro Gerador, se todos carecem dos mesmos fundamentais bens para viver, onde está o direito de alguns sindicatos, no sentido de assaltar o direito alheio em prol de suas sanhas?
Encarando as matas belas e perfumosas dos vales fronteiriços tinha eu a impressão de que, embora a luta esteja estabelecida entre todos os reinos e planos do que vive, o homem poderia viver muito melhor, conquanto contasse com um pouco mais de gosto pela simplicidade, no estudar, no sentir e no viver a vida de relações. Afinal, que dignidade põe o homem no seu alcance intelectivo, que é quem o torna superior?
Depois, num repente, surgia pela frente de minha imaginação a mim mesmo, tal como tinha vivido, negador de Deus, de uma Divina Essência. Que sindicato teria influído sobre mim? Os cleros anti-revelacionistas e dogmáticos. E como temia o abismo que me separava do passado! Eu havia sonhado, ou coisa parecida, várias vezes, que era padre. Que tudo fazia por um ritual convencionado por homens, enquanto me opunha a tudo que fosse progressivo em matéria religiosa. E o meu pensamento caía como no centro de um turbilhão, do qual queria safar-me a custo, sem saber como. Foi nesse momento que olhei para Mauro, tendo-o visto com o olhar em mim fixo, como que me forçando a qualquer coisa.
Sorri, depois de encará-lo bem. Sorriu ele, também, tendo-me dito:
Em verdade, Janeiro, você colheu ontem o que semeou anteontem... Dentro da era cristã, você foi um grande perseguidor do Cristianismo nascente, por via do intercâmbio com o plano astral, estabelecido por Jesus, na vida e no grande fenômeno do Pentecostes. Perseguiu como quis para sustentar o ritual levítico. De modo algum poderia admitir que outros conhecimentos fossem cabíveis e precisos, para o desenvolvimento normal da humanidade. E com isso preparou-se maus bocados para o porvir. A armadilha caiu sobre o armador, caro Janeiro...
Então, amigo Mauro, os meus sonhos não eram ilusórios?
Em verdade, não eram sonhos; você estava, como está, no quadro de cuidados de amigos servidores de nosso plano. Dali é, que surgiram os sonhos, para você. Sujeitâmo-lo à visão retrospectiva por várias vezes, porque se aproximava o tempo de novos conhecimentos em sua vida.
Assim é que age a Suprema Justiça...
Naturalmente, amigo Janeiro; tudo por vias naturais, uns pelos outros para todos os fins, para a paz ou a dor. E nem poderia ser de menos, uma vez que ninguém erra sozinho...
Que haverá entre nós, por exemplo? De onde viemos?
Primeiro, procure a seu pai; depois, tudo irá melhor.
Onde estará? Enquanto estava no plano de sofrimento, pensava freqüentemente em meu pai e em minha mãe. Depois, tudo foi se apagando, se apagando de minha memória... De nada valia pedir, clamar, esperar...
A ninguém será dado, isto ou aquilo pela Justiça Divina, pelo fato de ser irmão, pai, filho, mãe, ou o quer seja, de Fulanos, Sicranos ou Beltranos; há um Supremo Princípio de Justiça e todos são iguais perante ele. Pela conduta pessoal no âmbito da Lei, que é a ordem Universal, é que cada qual receberá. Para os mais, na medida em que juntos tenhamos errado, nessa medida acertar-se-á. Tal é o caso de um grupo de seres, que agora vão se encontrar, nesta região, a fim de um novo período de atividades, sondar o campo vasto da evolução, rumo àqueles elevados píncaros por Jesus testemunhados, em sua personalidade. Porque, como já sabe, tudo é questão de ordem interna, de realizações íntimas, sendo que para elas não se vai por formalismos exteriores. Tal é o reino do céu.
O belo sol banhava em luz aqueles esplendores verdejantes e floridos, fazendo levantar-se uma nevoazinha tênue, deliciosa de ser respirada. E quis eu ter o prazer num momento, de viver um pouco daqueles bens, sem a perturbação de idéias outras. Por isso, pedi a Mauro que nada mais dissesse sobre nós, no momento, pelo menos.
De fato, – assuntou ele, – vamos sentir a Presença Divina em Sua própria Obra, como dizem certos espiritualistas do mundo.
E não têm eles razão?
Muita, pois, por bem ou por mal, quem negará um plano Manifesto e outro Imanifesto da Divindade? E quando sairá o homem desse quadro intelectual, para penetrar no âmago do Imanifesto, de modo integral? Até que ponto atinge a consciência humana com relação ao Centro Gerador? A própria intuição, a maior arma de penetração do homem, a que ponto chega?
Tudo no homem é relativo, porque tudo no plano Manifesto o é. Quem diria a mim, no mundo carnal, que poderia chegar a estar, como morto, tão vivo em face de uma tão bela paisagem agreste? Quem julgaria a diversidade de planos, de crenças, de gostos, de modos de vida, de serviços, nestas plagas da morte? Quando e por que razão, um cético e às vezes integral negador de Deus, iria conceber o encontro com outros tantos filhos de Deus, imortais também, amigos ou inimigos do passado, para sérios ajustes de contas, depois do túmulo?
Mauro soltou uma gargalhada e disse, enquanto me convidava para ir descendo do alto do monte:
E você não foi que disse, há pouco, para não falarmos mais nessas coisas, pelo menos enquanto estivéssemos aqui?
Ora! Ora!... Até para aquém do túmulo a vida é cheia de preocupações; até parece que a vida só existe para as preocupações...
E que seria a vida sem problemas?... Ócio? Estagnação? Nada? Mas, o nada não pode existir... Logo, procuremos ter bons problemas...
Uma maravilhosa forma de mulher, num repente, como que se materializou em nossa frente. E pelo imprevisto, vendo, sentindo quem era, senti-me desfalecer. Era minha mãe! Em carne e ossos, diria, se estivesse no mundo das formas. E, de um modo, não é isto que temos, carne, ossos, músculos, tendões, tudo enfim, embora em grau sublimado? E se a lei dos extratos não fosse um fato, como se viria em subida progressiva, dos planos inferiores da vida, para os esplendores consciencionais? Existindo as hierarquias espirituais, por que falharia o correspondente no plano material? E não conhecendo o homem tudo no plano material, por que duvidar das verdades do mundo espiritual? Afinal, que sabe o homem do Começo ou do Fim de tudo? E haverá mesmo Começo e Fim?
De minha parte, hoje, montado sobre o corcel da vida, que galopeia livre e feliz pelas dunas de mundos sem fim, só poderei afirmar que tudo é vida por princípio, nunca podendo haver morte de fato. Poderá ela baixar ou subir em expressões, através de seu infinito poder de manifestações; mas vida é vida. E que diria de glórias tais, se a mente do homem carnal não lhes suportaria, nem intuitivamente, as profundezas de sentido?
Todavia, todos um dia repetirão comigo estas coisas, porque tudo é Um em Deus e em Sua Glória. Eis porque, amigos, os problemas da vida são divinais mesmo ao medrarem por tremendos abismos. Levanta-se deles e, tangidos por íntima força, investe-se de novo rumo às glorias sem fim. Por isso, deixemos a uns, que outros mais altos e mais dignos nos merecem! Afinal, não somos filhos da Luz, da Inteligência, do Amor, da Justiça?

Pois bem! Parti, sim, mas no colo, nos braços de minha mãe, tal como quando era criancinha! Eu, para ela, assim me disse, fui sempre um fardo por demais leve e gracioso. Assim são essas mães!... E se Deus assim as fez, por acaso estará errado? E se fez, por que fez? Sendo certo que todos somos pais, mães, irmãos, que é a vida, a existência, sem ser escolha de Amor?






















                      

Nenhum comentário:

DIVINISMO

UNIÃO DIVINISTA


English Spanish France Italy German Japan Chine

Boletins do Princípio Sagrado, Deus ou Pai Divino

Titulos da Semana








Publicações

EVANGELHO ETERNO E ORAÇÕES PRODIGIOSAS

Seguidores

Pesquisar o blog

Vídeos Pai Divino



12 Vídeos

A SAGRADA E ETERNA SÍNTESE

PRINCÍPIO OU DEUS – Essência Divina Onipresente, Onisciente e Onipotente, que tudo origina, sustenta e destina, e cujo destino é a Reintegração Total. O Espírito e a Matéria, os Mundos e as Humanidades, e as Leis Relativas, retornarão à Unidade Essencial, ou Espírito e Verdade. Se deixasse de Emanar, Manifestar ou Criar, nada haveria sem ser Ele, Princípio Onipresente. Como o Princípio é Integral, não crescendo nem diminuindo, tudo gira em torno de ser Manifestador e Manifestação, tudo Manifestando e tudo Reintegrando. Eis o Divino Monismo.

ESPÍRITO FILHO – As centelhas emanadas, não criadas, contêm TODAS AS VIRTUDES DIVINAS EM POTENCIAL, devendo desabrochá-las no seio dos Mundos, das encarnações e desencarnações, até retornarem ao Seio Divino, como Unas ou Espírito e Verdade. Ninguém será eternamente filho de Deus, tudo voltará a ser Deus em Deus. Esta sabedoria foi ensinada por Hermes, Crisna e Pitágoras. Jesus viveu o Personagem Inconfundível de VERBO EXEMPLAR, de tudo que deriva do UM ESSENCIAL e a Ele retorna como UNO TOTAL. O Túmulo Vazio é mais do que a Manjedoura. (Entendam bem).

CARRO DA ALMA OU PERISPÍRITO – Ele se forma para o espírito filho ter meios de agir no Cosmos, ou Matéria. Com a autodivinização do espírito, ao atingir a União Divina, ou Reintegração, finda a tarefa do perispírito. Lentíssima é a autodivinização, isto é, o desabrochamento das Latentes Virtudes Divinas. Tudo vai aumentando em Luz e Glória, até vir a ser Divindade Total, União Total, isto é, perdendo em RELATIVIDADE, para ganhar em DIVINDADE.

MATÉRIA OU COSMO – A Matéria é Essência Divina, Luz Divina, Energia, Éter, Substância, Gás, Vapor, Líquido, Sólido. Em qualquer nível de apresentação é ferramenta do espírito filho de Deus. (É muito infeliz quem não procura entender isso).

Total de visualizações de página

Visitas

UNIÃO DIVINISTA - Rua Pedro Doll, 549

Header image
UM DEUS, UMA VERDADE, UMA DOUTRINA!
"TODA FAMÍLIA É SAGRADA!"